Logo no início do inverno deste ano fomos convidados a viver uma experiência diferente no Café da Colônia, em Uchoa. Aberto em 2013, com a proposta de oferecer café colonial, com produtos artesanais, o espaço teve de passar por mudanças por causa da pandemia de Covid-19.
O Café da Colônia é uma opção de lazer na região Noroeste de São Paulo e fica a cerca de 30 km de São José do Rio Preto, SP. Mesmo com as alterações no serviço oferecido, a proposta é a mesma: oferecer aos visitantes a experiência da vida caipira do interior paulista.
“A pandemia nos levou a mudar a nossa operação sem que perdêssemos a nossa essência, que é o turismo rural”, explica Claudia Baffi, proprietária do Café da Colônia. Agora, ao invés do bufê com café colonial aos finais de semana, há a opção de reservar uma cesta de café. Chegando lá, você pega a sua cesta e faz um piquenique em qualquer área da fazenda, sem riscos de aglomeração. E se a fome for saciada antes da comida acabar, o visitante pode levar o que sobrou pra casa.
Cesta de café da manhã
São três opções de cestas:
Café da Roça – café; leite; pão caseiro; mini pães de linguiça, salsicha e queijo; broa; bolo; bolachinha; queijo; requeijão; coalhada; salada de frutas; doce de leite e geleia – R$100 (para duas pessoas)
Tradição da Colônia – café moído na hora; porção de pão de queijo e bombocado e milho – R$50 (para duas pessoas)
Campeões da Colônia – suco; lanche caipira; porção de pão de queijo; rosquinha de pinga e bolo de milho – R$80 (para duas pessoas)
Há também a venda de produtos feitos com leite de gado jersey, como queijos, requeijão, queijo meia cura, doce de leite; embutidos – salames e linguiça defumada; pães, bolos e tortas; além de geleias, doces e licores. “Nosso plano é abrir uma venda aqui no Café, bem no estilo daquelas antigas, que existiam em cidades do interior, para comercializar produtos artesanais, feitos aqui no Café da Colônia e também por outros produtores locais”, explica Cláudia.
Quem compra uma das cestas ganha ainda uma canequinha para alimentar os bichos da fazenda. Tem bezerro, cabra, galinha, gansos, avestruz, pavão… As crianças adoram essa experiência (e os adultos também!).
Como todos os produtos são feitos artesanalmente pela Cláudia, é essencial fazer a reserva da cesta antes de ir até o Café da Colônia.
Café e hospedagem caipiras
Desde o início de 2021, o Café da Colônia oferece hospedagem em sua fazenda centenária e DayUse. Os dois serviços estão disponíveis apenas com agendamento e número limitado de pessoas. Uma família/grupo, com até sete pessoas, para a hospedagem e até 10 famílias no Day Use.
Com turismo rural responsável e sustentável, o Café da Colônia oferece atendimento personalizado e tem atrações para toda a família. As crianças, aliás, adoram visitar o lugar, pois ficam perto da natureza e podem interagir com os diversos animais que vivem por lá.
O pacote para o final de semana, de sexta a domingo, inclui duas diárias com pensão completa – jantar na sexta, café da manhã, almoço e jantar no sábado; cesta de café da manhã e almoço no domingo. Bebidas e petiscos são cobrados a parte.
O pacote de hospedagem no final de semana no quarto da casa centenária da fazenda, para duas pessoas, custa R$800. A cama extra R$200 (crianças de 5 a 11 anos) e R$400 (adultos). Para fazer a reserva é preciso pagar 50% do valor antecipado.
Para quem deseja uma experiência mais curta, a diária simples, com entrada às 14h e saída no dia seguinte, às 16h, custa R$300, para duas pessoas, com cesta de café da manhã incluída. A cama extra R$75 (crianças de 5 a 11 anos) e R$150 (adultos)
Há opção de adicionais:
Almoço caipira, com suco e sobremesa – R$50
Pizza com suco, marshmallow e fogueira – R$50
Caldo/Sopa, pão e suco no fogão a lenha – R$25
Suco, refrigerante e cerveja (350ml) – R$5
O Café da Colônia oferece também de Day Use 1/2 período, que dura 3 horas, com piquenique da manhã ou da tarde, para famílias, além de passeio no sítio; ou Day Use período inteiro (das 9h às 14h), com lanche da manhã, passeio no sítio com monitoria e almoço, para famílias ou grupos.
Nossa experiência em família
Chegamos na tarde fria de uma sexta-feira de inverno ao Café da Colônia. A Cláudia nos convidou para conhecer o seu serviço de hospedagem e seu novo jeito de servir o café da manhã na fazenda.
Para nós foi uma oportunidade de levar o Otto, nosso filho prestes a completar dois anos, pra conhecer alguns bichos e viver uma experiência diferente. A viagem saindo de Rio Preto é rápida. Meia hora de carro.
Chegando lá, as monitoras da fazenda já nos esperavam para fazer um passeio a cavalo com o Otto. Ele escolheu montar no Pirulito. Mansinho, o animal ficou gravado na memória do Otto, pois até hoje, cerca de um mês depois, ele ainda fala sobre a experiência.
No início da noite, Cláudia e seu parceiro Pérsio prepararam lanches e serviram linguiça e salame artesanais que eles mesmos produziram. Tudo bem caseiro, rústico. Como é na fazenda.
Antes de dormir, já muito frio, acendemos uma fogueira que deixaram preparada pra gente e nos esquentamos olhando o céu estrelado. Otto ficou impressionado ao ver tantas estrelas, algo bem difícil pra quem vive em meio às luzes da cidade.
O quarto da casa da fazenda tem uma cama de casal bem confortável e uma de solteiro, além de banheiro e frigobar. Tudo bem simples, mas aconchegante. Cláudia oferece roupas de cama, cobertores e toalhas de banho.
Provavelmente por causa do frio – à noite o termômetro bateu nos 10 graus – não vimos inseto algum, principalmente aqueles voadores que colocam gente da cidade pra correr. Mas uma dica muito importante é que na fazenda tem muito bicho. Por isso, antes de entrar no quarto pra dormir, peça pra alguém verificar o ambiente. Olhar o calçado antes de vesti-lo também pode evitar acidentes.
Passamos a noite ali, naquele lugar cheio de histórias e barulhos de bichos e do trem. A casa onde funciona a hospedagem integra o sítio Santa Rosa, uma propriedade criada por italianos calabreses no início do século XX.
Com uma área de 9 alqueires, na década de 1960, era produtor de café e criador de gado. Hoje, as antigas receitas da família se mesclam às heranças do sul da Itália para fazer nascer uma linhagem de queijos, coalhadas, geleias de frutas, pães, massas, doces, licores. Tudo colhido no centenário pomar ou extraído de rebanhos em permanente aprimoramento.
Na manhã seguinte, acordamos com uma cesta de café da manhã bem recheada. Depois seguimos para alimentar os bichos da fazenda. Muito divertido. Uma experiência que fica na memória de todos na família.
Fonte: www.hi-mundim.com.br