O Conselho Internacional de Museus lançou, nesta terça-feira (14), uma lista importantíssima para proteger o patrimônio histórico e cultural do Brasil.
Existem bens que representam a diversidade de nosso povo, revelam nossas raízes, contam nossa história. Objetos culturais antigos - alguns, muito antigos - têm um valor que é inestimável. Mas, no mundo do crime, tudo tem um preço, e é lá que muitos desses bens vão parar. Não é de hoje.
Os bens culturais são furtados de sítios arqueológicos, museus, igrejas, bibliotecas, e vendidos até em feiras e pela internet. Em 2016, mais de 300 livros raros foram levados de uma biblioteca da Universidade Federal do Rio de Janeiro; apenas quatro foram recuperados.
O crime se beneficia da falta de informação. Quem compra esse tipo de bem, às vezes nem sabe que ele é de venda proibida. Policiais e fiscais podem interceptar o tráfico dessas peças, mas para isso precisam conhecê-las, saber do que se trata.
Foi lançada na tarde desta terça, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, a “Red List” - ou Lista Vermelha do Brasil. Ela foi preparada pelo Icom, o Conselho Internacional de Museus.
Outros países também já têm suas listas vermelhas. A esperança é que elas ajudem a combater, por exemplo, o que aconteceu na bacia do Araripe, no Ceará. Quase mil fósseis da região foram parar na França, e a disputa por eles se arrasta desde 2013.
Fonte: www.g1.globo.com