O Diário da Região fez uma matéria cujo tema é o retorno das atividades do turismo rural na nossa região, após a paralização devido a pandemia. Hotéis fazenda, pesqueiros e cafés rurais foram os destaques, inclusive o nosso querido Café da Colônia.
Confira abaixo o trecho da matéria que trata desse assunto:
Região investe no turismo rural para atrair visitantes
Com a retomada em meio à pandemia do coronavírus, o turismo, um dos setores mais afetados neste período, com impacto que chegou a 90% no faturamento, segundo empresários, começa a ganhar novas formas para voltar às atividades ou iniciar novos negócio, transmitindo segurança do "novo normal".
Diante da expectativa, empresários do setor estão apostando em novos estabelecimentos para atrair visitantes, como o Viva, um novo hotel fazenda que, em breve, será inaugurado em Mirassol. O espaço, que contará com os serviços de café colonial, bar, restaurante, pesqueiro e fazendinha, será em um sítio de 70 hectares que já funcionava como pesqueiro em ambiente familiar e agora se lançará no mercado como opção do turismo rural da região de Rio Preto.
A inauguração acontecerá em partes. Em dezembro, o espaço abre o pesqueiro e o restaurante ao público. Os empresários trabalham com a ideia de oferecer a maior parte dos produtos com cultivos locais.
A segunda etapa será a inauguração da área de lazer e a terceira, prevista apenas para 2021, incluirá a hospedagem, que vai permitir a utilização de toda a estrutura, que também poderá ser utilizada para eventos como casamentos e reuniões corporativas.
Já na primeira fase, o negócio deve gerar pelo menos 30 empregos diretos. Até a terceira etapa, a estimativa é de chegar até 70 colaboradores entre diretos e indiretos.
Cafés coloniais reabrem ao público na região
Há seis meses fechado em decorrência da pandemia, o Café da Colônia, no Sítio Santa Rosa, em Uchoa, reabriu nos últimos dias com atendimento limitado. Para a retomada, a proprietária do espaço, Claudia Baffi Pellicciotta, investiu cerca de R$ 5 mil, valor que será dobrado com o término de todos os investimentos necessários, como reforma das trilhas e elaboração de nova sinalização.
De acordo com a empresária, o espaço, que possui nove alqueires, incluindo a sede, casas, curral, terreiro e tulha, é referência no desenvolvimento do turismo pedagógico durante as aulas presenciais e do turismo rural, realizado de forma sustentável, valorizando a cultura local, o patrimônio histórico e cultural, e oferecendo contato com flora, fauna e tradições, além da experiência por meio da culinária afetiva.
Com o período sem público, o estabelecimento aproveitou para reforçar seu projeto de cultivo de horta e frutas, inovando através do movimento Slow Food, que prega o direito ao prazer da alimentação, utilizando produtos artesanais produzidos de forma que respeite tanto o meio ambiente quanto as pessoas responsáveis pela produção. No entanto, algumas atividades de turismo rural, como ordenha, passeio a cavalo e turismo pedagógico continuam suspensas.
Em Ipiguá, o Empório Rural Café – Sabores da Roça, já retornou às atividades há um mês. O local, que oferece café da manhã com 35 itens, aos domingos, adotou os protocolos exigidos pelas autoridades e precisou investir na compra de produtos para as medidas sanitárias, com reformas realizadas no banheiro, na pintura do espaço e em mesas e cadeiras.
Já tendo realizado curso de turismo rural, Adriana Dalafini, sócia-proprietária do estabelecimento contou à reportagem que, para 2021, estuda colocar um passeio de charrete pela mata próxima ao local como atrativo para maior contato dos visitantes, especialmente crianças, com a natureza.
Cerveja e cachaça movimenta rotas no turismo rural de Rio Preto
Com o prejuízo decorrente da pandemia, agências e empresas têm apostado na valorização do turismo rural da região de Rio Preto. A Avantti Turismo Rural, por exemplo, contou à coluna que teve, em média, R$ 40 mil de prejuízo com passeios cancelados, além de R$ 15 mil de déficit com o declínio de consultorias realizadas pela empresa.
No final de novembro, a agência, que desenvolve este trabalho há pelo menos cinco anos, se programa para retornar às atividades da rota da cachaça original e da cerveja artesanal em estabelecimentos e propriedades de Rio Preto e região.
De acordo com Sylvio Di Jacintho, zootecnista e produtor rural, proprietário da empresa, a rota da cachaça envolve Cedral, Rio Preto, Mirassol e termina em Poloni, com um jantar caipira e moda de viola. Pelo trajeto, que conta com um almoço com costela de chão em Rio Preto, os turistas conhecem três alambiques de diferentes realidades, sendo um deles "totalmente autossustentável", segundo Di Jacintho.
Já a rota da cerveja artesanal leva os visitantes a conhecerem uma plantação de lúpulo na região, além de três cervejarias, valorizando, assim, o empresário do ramo e o produto local. O investimento da agência para a realização das rotas vai de R$ 2 mil a R$ 4 mil, de acordo com o proprietário, que já prevê para 2021 novas rotas direcionadas ao público que visita Olímpia, grupos de terceira idade e turismo pedagógico, com atividades lúdicas que valorizem o setor rural e turismo técnico, voltado para o estudante de agronomia e afins, com o objetivo de mostrar que pequenas propriedades também são fontes de renda.
Fonte: Diário da Região