Rios que cortam cidades e movem a economia de municípios da região de Rio Preto. No mapa turístico do Noroeste Paulista, o turismo de pesca é atração principal para quem gosta de passar as férias ou finais de semana às margens do rio para curtir uma boa pescaria e apreciar as paisagens naturais do rio Grande, Paraná, Tietê e São José dos Dourados.
Na lista de cidades que mais atraem pescadores estão Guaraci, Mira Estrela, Cardoso, Indiaporã, Riolândia, Ouroeste, Santa Albertina, Santa Fé do Sul, Ilha Solteira, Pereira Barreto, Ubarana, Adolfo, Mendonça, Santo Antônio do Aracanguá e Sales. Todas recebem de pescadores amadores até quem pratica a pesca de forma profissional.
E o motivo para essa grande procura de pescadores pelos rios da região pode ser respondido através de um estudo da Unesp de Rio Preto, que aponta que a região possui pelo menos 150 espécies de peixes. Todos distribuídos não somente nos rios, mas também em riachos, lagoas e represas.
No rio Grande, as espécies mais procuradas pelos amantes de uma boa pescaria são o tucunaré e o dourado. Contudo, os pescadores também encontram em abundância outros peixes como a corvina, carpa, curimbatá, traíra, carpa, pirarucu, pintado e tilápia.
Já no rio Tietê, entre Novo Horizonte e Pereira Barreto, podem ser encontrados: tilápias, bagres, guarus, saguirus, cascudinhos, carás-verde e lambaris do rabo vermelho.
Santa Fé do Sul é conhecida nacionalmente como destino para uma boa pescaria. A cidade até possui os guias turísticos para turistas aproveitarem os rios. Em Mira Estrela, além de competições de pesca, restaurantes às margens do rio Grande também oferecem inúmeros pratos que têm os peixes como destaque.
A região também é destaque pela pesca de pirarucus gigantes. No ano passado, dois pescadores fisgaram dois peixes da espécie com aproximadamente dois metros de comprimento. Um dos peixes pesava 110 quilos. Na época, o pescador demorou 40 minutos até a retirada da espécie das águas do rio Grande.
O pirarucu é uma das maiores espécies de peixes encontradas nas águas doces fluviais dos rios brasileiros. Eles podem atingir até três metros e chegar a pesar 330 quilos.
Outra cidade que também é opção para quem gosta de uma boa pescaria é Santa Albertina. O município se destaca no cenário anual de pescaria pelo Torneio de Pesca Esportiva ao Tucunaré, que chega a reunir aproximadamente duas mil pessoas na orla da prainha.
Os turistas podem aproveitar, além da pescaria, uma área de camping e quiosques exclusivos para pescadores. Há ainda a tradicional balsa que sai do porto no rio Grande, em Santa Albertina, e faz a travessia duas vezes ao dia, chegando à outra margem do rio, em Minas Gerais.
Na região também existe quem pratica a pesca subaquática. Diferente das demais, os praticantes precisam fazer um curso para a sua execução, além de ter equipamentos próprios para o seu exercício. Já para quem deseja iniciar a pescaria convencional, o kit de pesca para iniciantes em água doce precisa conter uma caixa de pesca, carretilhas ou molinetes, linhas, iscas artificiais, alicate de pesca, boias, anzóis e chumbadas.
Piracema
Até o próximo dia 28 de fevereiro, policiais ambientais continuam a fiscalização da piracema - época de reprodução dos peixes.
"Neste período da piracema é proibido a pesca de alguns peixes da nossa região, como corimba, piau, traíra, barbado. Só será permitida a pesca de peixes que não são provenientes da Bacia do Paraná, como corvina, tilápia, tucunaré, zoiudo, carpa", explica o major Alessandro Daleck, do 4º Batalhão de Polícia Ambiental de Rio Preto. Mesmo autorizada, a pesca das espécies permitidas deve respeitar a quantidade máxima de 10 quilos mais um exemplar por pescador amador.
Piracema
Locais onde a pesca é proibida para todas as categorias e modalidades Nas lagoas marginais A menos de 500 metros de confluências e desembocaduras de rios, lagoas e tubulações de esgoto Até 1,5 mil metros de montante e jusante das barragens de reservatórios de empreendimento hidrelétrico, e de mecanismo de transposição de peixes (escadas de peixes) e de montante e jusante de cachoeiras e corredeiras, dentre outros locais proibidos No rio São José dos Dourados e seus afluentes
O que é proibido?
A pesca de peixes nativos, entre eles o pintado, o dourado, o piau, a piapara, o curimbatá, o mandi, o lambari, o piauçu e o jaú A pesca subaquática ou com redes, tarrafas, espinhéis e outros apetrechos da pesca profissional A utilização de peixes, camarões, caramujos, caranguejos, vivos ou mortos, como iscas Uso de trapiche ou plataforma flutuante Também é proibido ao pescador profissional e amador armazenar e transportar peixes sem cabeça ou em forma de postas ou filés
O que é permitido?
A pesca em reservatórios nas modalidades desembarcada e embarcada, com linha de mão ou vara, linha e anzol, caniço, com molinete ou carretilha com iscas naturais e artificiais A pesca de espécies não nativas, tais como: apaiari; bagre-africano; black-bass; carpa; corvina; peixe-rei; sardinha-de-água-doce; piranha preta; tilápias; tucunaré; zoiudo, entre outros A captura e transporte sem limite de cota para o pescador profissional e cota de 10 quilos mais um exemplar para o pescador amador - ambos deverão estar devidamente autorizados
Aquele que descumprir a regra comete crime ambiental, cuja pena varia de um a três anos de detenção. A multa é de R$ 700, acrescida de R$ 20 por quilo de pescado apreendido, bem como a apreensão dos equipamentos utilizados na infração (barco, motor de popa, varas, molinetes etc).
Fonte: www.diariodaregiao.com.br