Quer manter a sua plantação saudável e sem prejuízos ocasionados pela disputa de água, eliminação e nutrientes entre as plantas? Então, você precisa conhecer o significado de erva daninha. Conhecida como a planta que não estava no planejamento, a erva daninha pode parecer apenas um matinho qualquer.
O que é erva daninha?
Erva daninha é a planta que nasce “do nada” em um lugar e momento indesejados, interferindo negativamente na agricultura. Por isso mesmo, é conhecida até mesmo por apelidos negativos como planta daninha, peste e mato.
Entretanto, é importante saber que não é uma definição restrita apenas a plantas que interferem com os objetivos do produtor agrícola. Mas que, principalmente, prejudicam o crescimento e desenvolvimento de outras espécies. Quer ver um exemplo? Um pé de milho que aparece em uma plantação de cana-de-açúcar pode ser considerado como uma erva daninha. Isso porque vai prejudicar a plantação.
Se na pecuária, o carrapato age como sanguessuga preso à pele dos bovinos e se alimentando de seus nutrientes; na agricultura a erva daninha é ainda mais potente. Afinal, nasce e cresce junto com as outras plantas, mas rouba delas a água e os nutrientes necessários para que possam crescer saudáveis.
No entanto, existem algumas ideologias que afirmam que ela também pode ter significado positivo e conviver com culturas comerciais. Mas, não vamos nos ater a elas. Vale lembrar que elas podem surgir a partir de sementes, partes do caule, folha, raiz ou transferência de espécies vegetais.
Prejuízos causados por ervas daninhas
A disputa da erva daninha por espaço, luz e água gera prejuízos terríveis para a agricultura brasileira. No caso da produção de grãos, por exemplo, a erva chega a causar perdas de 13% a 15%, podendo chegar a 90% em outros tipos de lavouras.
Para expressar esses prejuízos em valores monetários, peguemos como exemplo a soja, um dos principais cultivares do país e um de nossos principais itens de exportação.
O custo médio da resistência de erva daninha no Brasil, apenas para a soja, é da grandeza de 5 bilhões de reais por ano. Levando em conta as perdas nas lavouras, esse valor pode subir para 9 bilhões de reais.
Certamente isso explica o esforço dos produtores em erradicar esse mal tão logo o avistam se proliferando nas suas lavouras.
Os departamentos de pesquisas ou fomentadores de pesquisas científicas voltadas para o campo, como o Departamento de Economia Rural (DERAL), o Embrapa e as Universidades Federais investem milhões por ano para descobrir formas de evitar e eliminar a erva daninha das plantações de maneira mais eficiente e sem provocar impactos ambientais.
Mas, não é só o prejuízo financeiro que motiva o esforço para se livrar desse transtorno. A erva daninha também pode atrair doenças por serem hospedeiras incomuns.
Como eliminar a erva daninha?
Apesar de se espalharem com facilidade e em uma velocidade que impressiona, existem medidas para controlá-las. Entre elas, as que mais se destacam são o uso de agroquímicos e pesticidas.
Mas, segundo especialistas o controle biológico deve ser realizado sem o uso de produtos de origem química. Afinal, eles podem causar problemas de saúde para pessoas e animais. Então, apesar de ser o mais demorado, o melhor caminho para o produtor é controlar e eliminar essas plantas indesejadas de modo manual. Ou seja, literalmente, cortar (ou arrancar) o mal pela raiz para que não floresça de novo.
Uma prática muito utilizada principalmente no cultivo de soja é o uso de uma manta de palha sobre a terra. Além de dificultar o crescimento da erva daninha, também favorece a umidade do solo.
Fonte: www.agro20.com.br