O Brasil tem mais de 2 mil drones agrícolas cadastrados no Sistema de Aeronaves Não Tripuladas (Sisant), mantido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), número que deve saltar para 93 mil veículos aéreos não tripulados (Vant) até 2026, de acordo com uma projeção do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag).
O uso de aeronaves remotamente pilotadas (ARP) para mapeamento de lavouras existe há uma década no agronegócio brasileiro, contudo a expansão para outros fins, como a pulverização de defensivos, é mais recente. Confira, a seguir, algumas funções dos drones da agricultura.
Monitoramento de lavouras
A telemetria foi um dos primeiros usos do drone para conhecer as características principais de uma fazenda. Com o tempo, as imagens aéreas passaram a servir para monitorar a irrigação e o desenvolvimento da lavoura, além de contar rebanhos e plantas de forma prática, simples e rápida.
Os Vants ainda ajudam na segurança da propriedade rural com mais eficiência que cães e vigias, permitindo identificar animais invasores ou humanos criminosos a distância, bem como cercas derrubadas e focos de incêndio.
Aplicação de insumos
A partir do mapeamento aéreo, os drones melhoram a eficiência da aplicação de insumos para fertilizar o solo e controlar pragas e doenças nas lavouras, já que as ARPs permitem a pulverização com precisão e economia. Entre as vantagens, os pulverizadores agrícolas aéreos conseguem superar os obstáculos de terrenos acidentados, além de diminuir o amassamento e a exposição dos aplicadores com um custo bem menor do que o das aeronaves maiores.
Detecção de falhas de plantio
Ajudam no controle da população de plantas, detectando falhas consideráveis. Auxiliam assim, nas decisões de replantar, saber a quantidade de mudas a comprar e na tomada de ação.
O replante das falhas pode evitar a queda da produtividade e otimizar o rendimento na mesma área. E o manejo mecanizado pode aumentar a perda da produtividade gerada pela falta de controle do tráfego na lavoura.
Identificação de pragas
Algumas pragas transmitem agentes que causam doenças às plantas. As que atacam a parte aérea das plantas normalmente são mais fáceis de serem visualizadas. Pragas de hábito subterrâneo podem gerar danos e serem confundidas com deficiências nutricionais. São exemplos de pragas mais comuns:
Lagarta-do-cartucho;
Larva-alfinete;
Cigarrinha-do-milho;
Pragas de hábito subterrâneo;
Pragas secundárias e ocasionais.
Para essa identificação com os drones, o método ainda é pouco estudado, os sensores ainda não são muito precisos. A ideia é que, com o mapeamento de pragas e doenças gerado pelo drone, as imagens permitem que os produtores diferenciem as plantas saudáveis, as infectadas e como está sendo a proliferação da praga de forma eficaz.
Previsão
As imagens aéreas produzidas por drones, aliadas aos dados de sensores espalhados pela fazenda, podem ajudar o agricultor a tomar decisões com antecedência e aproveitar as oportunidades do mercado.
A ARP pode calcular a produtividade da lavoura, reduzir os custos com financiamento e estimar a quantidade de fertilizantes necessários para a próxima safra. Com essas informações, o produtor pode tomar decisões mais assertivas de compra e venda.
Fonte: www.summitagro.estadao.com.br
www.fundacaoroge.org.br