A água é de grande importância para todos os setores da sociedade, ela tem profunda relevância no desenvolvimento de diversas atividades econômicas. É um recurso essencial, seja para os seres vivos, para as várias espécies vegetais e animais, ou fator de produção de vários bens de consumo.
Na produção agrícola, a falta d’água em períodos de crescimento dos vegetais pode destruir lavouras e até ecossistemas. Mesmo sabendo da importância para todos, a poluição de rios e a destruição das nascentes continua crescendo. Essa crise de água não é consequência apenas de fatores climáticos, é também um problema de gestão e planejamento.
A terra possui cerca de 1,4 milhões de quilômetros cúbicos de água, porém apenas 2,5% deles são de água doce. O Brasil é um país privilegiado no que diz respeito à quantidade de água, tem a maior reserva de água doce da Terra, ou seja 12% do total mundial.
Segunda a Emprapa, a agricultura tem sido apontada como suposta consumidora de 70% das reservas globais de água doce, no Brasil, esse valor sobe para 72%. A maioria das propriedades rurais toma emprestada da natureza a água da chuva, que iria aos rios e oceanos, e a devolve limpa, com a evaporação, transpiração e infiltração no solo.
Algumas plantas necessitam de uma menor quantidade de água enquanto outras usam uma porção maior, como também existem fases do crescimento de uma planta em que há menor ou maior necessidade de água. Segundo o IBGE, cana-de-açúcar, arroz, soja, milho, feijão-comum, feijão-caupi, laranja, café, cebola, melancia, algodão e trigo são as culturas mais irrigadas no Brasil. No caso do feijão, importante produto da alimentação da população brasileira, apenas 2,6% dos estabelecimentos agropecuários que o produzem utilizam irrigação. Em relação ao café e milho verde, apenas 0,85 e 16,0%, respectivamente, utilizam irrigação.
O conhecimento científico gerado nas últimas décadas comprova ser possível utilizar água na agricultura com racionalidade e sem desperdício. Diante da crise hídrica em regiões importantes do Brasil, é fundamental que a sociedade tenha acesso a este conhecimento.
Segundo a EMBRAPA é preciso utilizar infraestrutura e tecnologias, e elas já estão disponíveis. Na agricultura irrigada, temos que evitar perdas de água nas tubulações e canais que conduzem a água de uma fonte até a área agrícola, e na distribuição dessa água dentro da área. É importante utilizar somente a quantidade de água que a cultura necessita, de acordo com conhecimento técnico e equipamentos recomendados. Outras práticas podem ser adotadas para diminuir o desperdício como:
Reservação: consiste em construir reservatórios para armazenar água e utilizá-la para irrigação, e se possível, para outros fins
Uso da cobertura morta (resíduos de cultivo): pode ajudar na conservação de água no solo.
Irrigação por gotejamento: A técnica que utiliza gotejamento ao invés de irrigação com fluxo constante pode economizar até 50% da água e ter o mesmo resultado.
Irrigação responsável: Quem precisa de irrigação deve estar atento a tecnologias econômicas que melhorem o uso da água com o mesmo resultado.
Veja a seguir o quanto de água é consumido para produzir alguns itens do nosso cotidiano:
Fonte: Rotoplastyc