Segundo o IBGE, o índice de atividades turísticas caiu 36,7% de 2019 para 2020. É em meio a esse cenário desacelerado do turismo convencional que outras modalidades de viagens vêm ganhando espaço, mostrando como o setor consegue se diversificar. Muitas pessoas têm aderido ao staycation, o turismo de escapada, para quebrar a rotina do isolamento social e viajar com segurança durante a pandemia.

Destinos próximos aos centros urbanos, com menor fluxo de pessoas e, de preferência, em meio à natureza, é a nova demanda do turismo.

O que é o turismo rural?

Cerca de 80% da população brasileira vive em cidades. Para fugir do tédio do isolamento e do ritmo alucinante das metrópoles, o turismo rural – também chamado agroturismo- surge como alternativa.

Não à toa, o ano de 2020 foi escolhido pela Organização Mundial do Turismo (OMT) como o ano do turismo rural.

O Ministério do Turismo define como turismo rural “o conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade”.

Ou seja, podemos dizer que, para além de proporcionar momentos de tranquilidade para o turista, também gera oportunidades de renda e de melhoria na qualidade de vida para os habitantes locais. O turismo rural ainda contribui para a conscientização ambiental e o respeito entre homem e natureza.

Contudo, o turista precisa ficar atento ao seu papel social durante o passeio também. Durante a pandemia, é essencial manter os protocolos de segurança, como uso de máscaras em espaços públicos e distanciamento social. Assim, o visitante não coloca em risco a comunidade local.

Turismo e agricultura local

O turismo rural é uma maneira de incentivar a união entre pequenos empresários da região, e um dos grupos mais beneficiados é o dos agricultores familiares, que predominam no campo.

Em 2020, os ministérios da Agricultura e do Turismo fecharam um acordo para fortalecer a agricultura familiar no turismo rural, incentivando, comercializando e promovendo produtos e serviços dos produtores locais.

O trabalho do agricultor pode fornecer alimentos para um restaurante local, matéria-prima para a fabricação de itens típicos da região e comercializar seus próprios produtos, como vinhos, cafés e frutas típicas da região.

Também é possível oferecer serviços utilizando a própria atividade da agricultura ou a propriedade para entreter os turistas. Opções não faltam. É o caso, por exemplo, de uma hospedagem em uma fazenda centenária ou a pisa de uvas para produzir vinho.

Além de gerar renda e melhorar a qualidade de vida, ao se abrir para o turismo rural, o agricultor causa um grande impacto nos visitantes ao compartilhar seu modo de vida, apresentar o patrimônio cultural e natural, oferecer produtos e serviços de qualidade e proporcionar bem-estar aos turistas.

Onde ir e o que fazer no turismo rural?

Em todas as regiões do Brasil não faltam opções de destinos para experimentar (ou repetir) o turismo rural.

Quem ainda não está familiarizado com a experiência pode buscar, inicialmente, um hotel fazenda, que é similar a um resort na praia.

No local, tudo é preparado e facilitado para agradar ao turista. As estadias podem atingir cinco estrelas, há uma programação de atividades recreativas, esportivas e de lazer, as refeições são preparadas por grandes chefs, e muito mais.

As crianças costumam adorar o hotel fazenda, pois, na maioria deles, além de atividades divertidas e adequadas para a faixa etária, existem animais como cabras, galinhas e ovelhas para interação.


Fonte: www.catracalivre.com.br

 

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